segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Retrospectiva Musical Parte 1 - Os CDs de 2009!


E aí galera.. Caraca, não foi fácil, coloquei meu programa de baixar músicas pra trabalhar triplicado. Tudo isso pra conhecer músicas, faixas dos CDs lançados esse ano.
Resolvi começar por um assunto mais light, em outro post falo sobre outros fatos mais marcantes no mundo da música...
2009 foi um ano de lançamentos importantes, até artistas fazendo mil versões de um único álbum (Beyoncé, Lady GaGa), coletâneas mil com inéditas ou novas roupagens (Kylie, Britney, Madonna), bandas reformadas (Sepultura - o melhor sem os melhores), etc, etc...
Mês a mês vamos ver o que rolou de mais importante, e alguns pitacos sobre cada um deles, depois de algumas semanas baixando e conhecendo faixas e faixas... ufa!
Janeiro não teve lá muita coisa, mas sim um retorno - Take That voltou depois do bem-sucedido "Beautiful World" de 2006. Três anos se passaram, e a banda vem com The Circus - No, it's not Britney's, bitch - cheio de baladas, açúcar e a carinha de anjo da boy-band. Produção impecável, arranjos legais, mas uma carinha de baile de desenho da Disney e tals. Enfim, pra quem é fã, Gary Barlow está na ativa, enquanto os outros rapazes também mostram seus dotes vocais. Para curtir, vá de The Garden, Greatest Day, Hello e Julie. Fuja de How Did It Come To This, What Is Love e You. Ou seja, enfatizando = apenas para fãs.
Um pouco longe da fase da super-tocada Open Your Eyes, o Snow Patrol lançou seu amadurecido A Hundred Million Suns. Pra quem curte a banda, tudo parece mais sóbrio e brilhante. Ouça apenas Take Back The City e Lifeboats, e você vai entender o que mudou.
Para fechar o mês, um dos melhores CDs do ano, sem dúvidas. O 'transformado' Kings Of Leon lançou seu otimamente-sucedido Only By The Night, que se traduz apenas em duas palavras - Use Somebody, o hit de 2009. Parabéns à banda, que só tende a crescer e não tem medo das mudanças e experimentos.
O mês do Carnaval trouxe até mais lançamentos. A começar pelo 'novo' Sepultura, agora sem os irmãos Cavalera. Fuçando em outros sites achei uma resenha interessantíssima sobre o novo CD dos caras, o A-lex (sem lei, em russo), no UOL = http://musica.uol.com.br/lancamentos/sepultura-volta-sem-iggor-cavalera-com-seu-melhor-trabalho-desde-roots.jhtm . Enjoy!
Lily Allen ganhou pontos e sugeriu um amadurecimento no brilhante It's Not Me, It's You. O primeiro single, The Fear, já deu a idéia chave do que a cantora queria mostrar - e ainda mostra mais em Fuck You. Ainda leve em conta a novelística '22'. Um ótimo CD.
Os Paralamas lançaram o apático-mas-curtível Brasil Afora (esse ouvi de uma prima, apenas um pouco de cada faixa - não me empolgou); Kylie Minogue relança seus grandes hits em Boombox, onde os mesmos tiveram releituras de grandes DJs, como os Chemical Brothers, e até mistura com Blue Monday, do New Order - pra dançar muito.
Em Março curtimos um solo do ex-Babyshambles, Peter Doherty, no sóbrio e manhã-de-sábado Grace/Wastelands. Na verdade conheci o álbum em algumas faixas no Youtube, e senti um rock leve e diferente do cara que ficou famoso pelo relacionamento doido com Kate Moss. Last Of The English Roses encanta, e Sheepskin Tearaway faz valer todo o CD; O brasuca Tiago Iorc, o novo favorito das trilhas da Globo, nos enche de orgulho ao cantar em um bom inglês e em um ótimo violão. Ouça a releitura de My Girl e se convença. John Mayer e Jason Mraz aparecem no subcosciente, pode ter certeza.
Pulando para Maio, reencontramos Bob Dylan. Chame mamis e papis e aproveite o que o veterano ainda pode oferecer. Mesmo que nunca tenha curtido, e ouve Shake Shake Mama ou Jolene consegue dar créditos ao velho Lobo. Curtível e tals, coisa que outro veterano, Leonard Cohen, não consegiu muito em Live in London.
Junho traz Marcos Sacramento (Na Cabeça). Conhece? Eu conheci agora, e me interessei demais nos violões e violinos. Uma dica, ouça a faixa Sim e seja bem-vindo ao mundo deste belo artista nacional. O mês foi produtivo e me deu um grande trabalho, porém prazeiroso em alguns momentos. Posso indicar Ben Harper and Rentless7 (White Lies for Dark Times) e Stela Campos (Mustang Bar). Agora se quiser dar uma conferida básica, vá de Mario Adnet & Baden Powell (Afrosambajazz) e o pseudo-chatinho Elvis Costello (Secret, Profane & Sugarcane - confesso que o título do álbum me chamou muito a atenção). A curiosidade não matou, viu.
Indie rock com influência do rock anos 60 - o Kasabian faz algo que beira o melhor de 2009. Pra quem curte essa pegada mais jovem do ritmo pode dar uma chance aos rapazes, sem medo de ser feliz. Fast Fuse e Underdog justificam tudo.
Descobrir VV Brown (Travelling Like The Light) foi um grande prazer. Sério, a cantora relê os anos 50 e é feliz, como em Crying Blood (vá logo ao Youtube e veja o clipe!), Shark In The Water e Leave. Demais, um achado.
George Harrison, o mais quieto dos Beatles, lança um brilhante (para os fãs) Let It Roll, que só me faz suspirar em Here Comes The Sun. Mas vale, veja só, para os fãs, claro!
Agosto tem o destaque de Sinead O'Connor, com o relançado I Do Not Want What I Haven't Got, onde tinha grandes hits, como The Emperor's New Clothes, agora com faixas extras, que haviam sido lançadas em outras condições. Enfim, Sinead é dona de uma voz marcante e de certa forma misteriosa, por assim dizer. Vale a pena.
Sinceramente até hoje não achei graça na banda Cachorro Grande. Ouvi Cinema para tentar entender, achar graça, mas fiquei ainda mais sem entender. Enfim, bandas só ganham notoriedade pelos fãs; e se estas bandas os têm, que aproveitem, né.
Para os fãs, o Judas Priest lançou, em Setembro, A Touch of Evil, ao vivo. Metal na veia, realmente para poucos (muito menos aos emos, claro), e com Rob Halford voltando faz tudo ter sentido - pra quem curte, beleza, yeah!!
No fim, espero que vocês tenham curtido esta retrospectiva e a oportunidade de conhecer novas bandas, novos artistas, novas músicas. Passei semanas nessa tarefa, foi muito interessante mesmo. Mas para terminar, algo mais Pop:
- Mariah Carey volta melancólica e vagando no brilhantismo em Memoirs of An Imperfect Angel, lançado em Setembro. Ganha os méritos por Obsessed, H.A.T.E.U e I Want to Know What Love Is, mas ainda perde tempero em outras faixas-clichê.
- Lady GaGa aproveitou o gancho e a aceitação de sua postura polêmica para levar The Fame aos topos; não contente, resolveu lançar o duplo The Fame Monster, e mostrou o que é o Pop cru e brilhante, que só uma bizarre-brilliant-singer pode fazer - Bad Romance é pra grudar, o clipe mata; Alejandro e Telephone (com a nova amigona Beyoncé) justificam os meios - o que dizer de Disco Heaven e os outros hits-master de volta??
- Beyoncé deitou e rolou com o ano-passado I Am... Sasha Fierce. Ela sabe que pode e fez 3 versões do álbum - o duplo-pobre com poucas faixas, o duplo-rico com faixas a mais (Ego, por exemplo) e o único e luxuoso DeLuxe Edition, o definitivo, com Poison e a divertida Video Phone com Lady GaGa. O ano foi parte dela, Single Ladies, Halo, Diva, Sweet Dreams e cia fizeram tudo valer a ênfase.
- Pitty não é Pop mas é o rock nacional no nível que a gente curte demais da conta. Chiaroscuro traz faixas brilhantes e maduras, simplesmente traduzidas em "...que me acha foda..."; pronto, Pitty continua foda!
- E por fim, Britney Spears aproveita a redenção e os 10 anos de carreira pra lançar seus maiores singles em CD ou em uma compilação com os singles em suas caixinhas e capinhas, coisa e tal - levando os fãs à loucura - e com "3", um dos singles do ano; a amiga que enlouqueceu a lourinha, a diva Madonna, também lançou um mega-hits-collection, uma verdadeira Celebration de mais de 30 faixas - só ela tem uma fábrica de hits assim. E ainda brinca de black com Revolver, fantástica.
by Emily

Nenhum comentário:

Postar um comentário