
Aí surge uma cantora pop, que faz sucesso, e em determinado momento precisa apelar ou em uma forma mais eufêmica, "dar um upgrade" na carreira.
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Britney Spears começou cantando músicas de amores adolescentes e diversão até saudável entre amigos. Mas quando alcançou o auge botou as pernocas de fora e mandou ver na mudança, virando um sex symbol, um mulherão, e deixando a romântica suspirosa de Sometimes na lembrança vaga. Logo em Oops Britney mostrou o que queria mudar, vide Stronger. A garotinha não queria mais ser a mimadinha da mídia e queria alçar seus próprios vôos. Quando veio a fase de I'm a Slave 4 You tivemos a certeza que Ms. Spears deixara de vez a inocência de lado, onde a vida começava a depender mais dos holofotes do que o próprio bem-estar pessoal. Quando veio a parceria com Madonna, Britney perdeu o rumo de vez; já se achava a melhor amiga da diva pop, deu beijo polêmico em premiação e ali começou uma transformação nada planejada, mas talvez esperada. Dali em diante ela teve filhos, casamentos instáveis, brigas familiares, ficou careca, surtou, engordou..... até que renasceu no impressionante Blackout (onde ainda existiam vestígios da fase negra, como via-se no vídeo de Gimme More) e depois voltou ao topo e "se curou" com Circus. A garotinha provou o lado montanha-russa da fama, coisa que qualquer ser da mídia está sujeito. E tudo ficou mais apimentado com seu hit mais recente, "3", que fala sobre experimentar um relacionamento a 3, dizendo que pecar é bom e tals.. que papo é esse, Britney?
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Com um tanto a mais de talento e capacidade de cantar ao vivo, Christina Aguilera era a combinação perfeita da mocinha talentosa com o pop grudento, onde nascia a rivalidade com Spears e tals. Chris começou também como a adolescente apaixonada, ainda mais romântica e tals... mas logo mostrou seu lado fatal quando lançou o incrível Stripped, onde a inocência dava lugar à maturidade e ousadia, sem perder o poder vocal. Dirrty mostrava a mulher-cachorra, um tanto devassa, longe da puritana apaixonada de Genie in a Bottle. E aí seguiu até na parceria inusitada com Lil'Kim em Can't Hold Us Down, até na sexy baby doll de The Voice Within... Mas aí Christina não surtou, apenas ousou e experimentou; foi quando nossos ouvidos voltaram a se encantar com Back to Basics, e o talento da bela voltou depois da fase "quero ser fatal"...
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High School Musical é apenas uma enganação quando pensamos que Vanessa Hudgens e Ashley Tisdale são apenas as cantoras-teen da pureza pop. Ledo engano, quando elas posavam de santinhas no começo, mas depois mostraram a que vieram. Vanessa aguentou as fotos nuas na rede e Ashley deu a guinada que precisava ao lançar Guilty Pleasure. Crank it Up é a prova de que a loura deixou a imagem fadesca de lado e até diz que quer chamar as amigas pra bancar a safada, uia! Já Hudgens deu uma sumida, quem sabe não está preparando seu lado selvagem pra nos surpreender também?
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Norah Jones não assumiu a cachorra, mas em The Fall, lançado em Novembro do ano passado ela deixou o pianismo de lado e começou a colocar as cordas de fora. Com um talento que nem se ousa discutir, Norah só precisa cantar para nos encantar. Joss Stone tem uma voz de derreter corações, e ela ousou pouco, mostrando que o que importa mesmo é o poderio de seu talento. Quando tentou mostrar mais as pernas, a voz continuou sendo seu melhor cartão de visitas. E por aí vai, até as divas-mór já fizeram isso - Mariah Carey era a mocinha do vozeirão na época de Hero, depois começou a mostrar os peitos, ops, os decotes, mas sempre com o vozeirão em dia;
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Bom, o importante é ter consciência do que se faz. Uma cantora acaba tendo mais exposição na mídia, quando não é só o talento que é levado em conta; o culto ao corpo, ao ser físico, pode levar as belas a cometerem pecados e correrem riscos, assim como Britney, por exemplo. Afinal, também não há nada mais prazeiroso do que um belo rostinho aliado a um talento musical nato.
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